Visando um monitoramento de possíveis novos processos e suas variações do mercado imobiliário, a Paulo Roberto Leardi trouxe para vocês uma análise sobre o ressignificação dos espaços residenciais e corporativos.
Uma nova forma de ver os ambientes
Analisando historicamente, uma grande tendência que modificou o mercado imobiliário foi a valorização de residências menores e o grande destaque para as áreas comuns e de lazer nos condomínios.
Esse movimento foi apoiada pelo aumento do tempo gasto em locomoção e trabalho, fazendo com que as residências passassem a ser consideradas somente dormitórios, já que o tempo livre em casa durante a semana diminuiu drasticamente.
Outra tendência observada são as mudanças demográficas. Na sociedade moderna, as famílias passaram a ser menores, sendo formadas em média de 3 a 4 pessoas.
Todos esses fatores conduziram a valorização de imóveis como studios e imóveis de 2 dormitórios.
Entretanto, devido a recomendação de isolamento como forma de contenção da transmissão, as famílias foram obrigadas a ficar em casa.
Em decorrência da pandemia do novo coronavírus, uma das transformações sociais mais significativas no mercado imobiliário é esse processo de reeducação espacial, ou seja, a valorização de espaços familiares e pessoais.
Um processo reverso ao que vinha sendo observado até então.
Entretanto, não foram só os ambientes familiares que estão passando por mudanças.
De acordo com a pesquisa divulgada pela Buildings, especialista em pesquisa imobiliária corporativa no Brasil, 80% das empresas em São Paulo acreditam que terão escritórios menores, pois apostam na melhora dos processos para trabalhar em home office.
Este é mais um fator que aponta para o ampliamento das residências, que precisarão incluir um espaço próprio para o trabalho.
Com a pandemia em um nível poucas vezes visto antes, muitas sociedades terão de se adaptar e mudanças acontecerão em diversos âmbitos.
No mercado imobiliário não será diferente. O futuro do mesmo pode depender da integração e o ajuste entre a relação de compartilhamento de espaços e a vivência em ambientes maiores.
Vale ressaltar que esta é uma análise de muitas para as possíveis transformações do ramo imobiliário.
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